Apresentação de Estratégias Susts

APRESENTAÇÃO ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS

1. URBANO – INTEGRAÇÃO NO MEIO

Minimização do impacto das intervenções sobre o entorno considerando as condições naturais do meio.
O terreno da Casa 88° localiza-se numa zona com ecossistemas singulares, por isso é importante que qualquer intervenção nesta área mantenha e conserve os elementos estruturadores, potenciando suas particulares características e sua biodiversidade.

  • Consideração das condições climáticas específicas na realização dos projetos (ventos, temperaturas, umidade, etc.) tanto de urbanização como de edificação.
  • Paisagismo autóctone maximizando o impacto positivo no terreno, nas áreas degradadas.
  • Adaptação à topografia característica do terreno, minimizando o movimento de terras.
  • Proteção das águas freáticas e superficiais tanto no projeto como no processo da obra.
  • Preservação da drenagem natural, de grande importância nesta zona, considerando as características dos materiais, sua permeabilidade e porosidade.
  • Fomento da qualidade dos espaços exteriores e das zonas verdes favorecendo a conexão entre elas e garantindo a continuidade da biodiversidade local.

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2. GESTÃO DE RECURSOS – ENERGIA

  • Aplicação de mecanismos automáticos de acionamento da iluminação e de sistemas de regulação do nível lumínico. (Instalação de sistemas de controle centralizado da iluminação, com desconexão segundo horários ou com sensores).
  • Instalação de sistemas de iluminação e aparelhos eletrônico de baixo consumo e alta eficiência.
    (Nos espaços interiores serão utilizadas lâmpadas de fluorescência com recobrimento trifósforo ou de fluorescência normal, ou LED (checar custo beneficio)
    Em espaços exteriores e para la sinalização serão usados os sistemas LEDs, ou equivalente.
  • Elaboração de um Plano Ambiental para a fase de obra que garanta a organização e o controle das atividades que possam ocasionar impactos ambientais.
  • Minimizar a contribuição a poluição lumínica através do desenho da iluminação para favorecer a eficiência energética. Minimizar o consumo de eletricidade e a contaminação lumínica noturna. O desenho das luminárias contribui a sua eficácia e à poupança energética. Aplicação dos regulamentos das guias de iluminação CIE (Comitê Internacional de Iluminação) CIE 150 limitar a luz obstrutiva em iluminação exterior . CIE 126 minimizar a iluminação do céu.

3.GESTÃO DE RECURSOS – ENERGIA NA RESIDENCIA . MEDIDAS PASSIVAS

O objetivo fundamental no emprego sustentável da energia é a REDUÇÃO DO CONSUMO, que significa bem mais que a economia financeira, supõe preservar os recursos naturais e reduzir as emissões contaminantes.
As primeiras medidas a tomar devem ser as medidas passivas. Que se encontram vinculadas à parte de desenho da edificação e afetam desde o início até o final da vida útil do edifício. Estas medidas são de fácil e econômica aplicação e afetam aos materiais e as soluções de desenho e construção.

MEDIDAS PASSIVAS

  • Analise do clima desenhando para aproveitar seus fluxos na maior medida possível.
  • Orientar os edifícios e para o melhor aproveitamento bioclimático.
  • Captar e acumular a energia solar durante o inverno para aquecer o interior e melhorar a sensação de conforto.
  • Usar como proteção elementos da topografia, vegetação , desniveis etc
  • Instalar coberturas verdes (aportam eficiência no consumo energético todo o ano, aumentam a vida útil da cobertura e podem reter água em coberturas algibes.
  • Tornar a cobertura acessível para aproveitar melhor a área construída.
  • Gerar uma geometria que seja compatível com as estratégias bioclimáticas.
  • Incorporar um alto grau de massa térmica para reduzir as flutuações de temperatura.
  • Instalar janelas de baixa emissão.
  • Aproveitar ao máximo o calor gerado pelas cargas internas (pessoas, equipamentos).
  • Considerar a instalação de isolamento térmico na fachada dos edifícios.
  • Considerar o uso de isolamento dinâmico permitindo a passagem de calor ou frio durante um período e depois bloquear-lo.
  • Considerar sistemas de armazenamento térmico inter estacionais como invernadeiros.
  • Para promover a ventilação natural quando aporte positivamente a sensação de conforto, considerar a ventilação cruzada.

4. ENERGIA – NA RESIDENCIA – MEDIDAS PASSIVAS . Aplicação das Estratégias Passivas . Bioclimáticas, adotadas

  • Estudo de insolação dos edifícios realizando uma análise da radiação solar como elemento decisório para a orientação dos edifícios e espaços públicos, considerando as sombras recebidas e projetadas.
  • Orientação da fachada mais longa (mínimo aconselhável 1,5 vezes a profundidade) do edifício a Norte ( /- 30º) com o fim de maximizar o potencial de captação solar. (Fonte Projeto SEDAC. Institut Cerdà).
  • Critérios que garantam o desenho de una edificação que permita a ventilação e a iluminação naturais.
  • Estabelecimento de medidas para o controle da radiação solar transmitida ao interior do edifício mediante a configuração exterior e favorecendo a implementação de elementos passivos de regulação solar.
  • Instalação de coberturas verdes (contribuem eficazmente para um baixo consumo energético todo o ano, alongam a vida da cobertura, retêm água, etc.)
  • Favorecimento de ventilação cruzada. Melhorando a salubridade do edifício e seus ocupantes, evitando a ventilação por meios mecânicos.
  • Desenho que permita captar e acumular a energia solar durante o inverno para reduzir o uso de aquecimento mecânico.
  • Utilização de janelas ou sistemas equivalentes (protegidas contra a radiação solar não desejada), tanto em paredes como em coberturas (luz zenital é 3x mais luminosa).

5. GESTÃO DE RECURSOS – ÁGUA

  • Planejamento de redes separativas para as águas pluviais e as residuais.
  • Desenho de elementos para a captação de água de chuva dentro do próprio projeto de urbanização, como canais, balsas, superfícies permeáveis e lagos de acumulação.
  • Armazenamento e reutilização da água de chuva para usos como o irrigar as zonas verdes e a limpeza dos espaços exteriores.
    As águas pluviais têm a grande vantagem de não precisar tratamento para a sua reutilização em irrigação, como tratamento é suficiente deixar passar as primeiras águas recolhidas diretamente à rede de saneamento e colocar um filtro antes da entrada no depósito acumulador.
    Os equipamentos precisam de uma manutenção básica que consiste na revisão e limpeza do filtro de 2 a 4 vezes ao ano.
  • Instalação de sistemas de baixo consumo como torneiras com temporizadores e vasos sanitários com dispositivos de dupla descarga com um máx. de 6 L.
  • Estudo da viabilidade de incorporar sistemas para o reaproveitamento das águas cinzas, por exemplo como água para irrigação, ou em vasos sanitários.
  • A rede de saneamento funcionará sempre que possível por gravidade.
    Depuração águas cinzas e negras via depuração simbiótica, “Living Machines” ou equivalente.

6. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E MATERIAIS

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  • Utilização de material reciclado sempre que seja possível:
    Uso de áridos reciclados procedentes de demolição com previa classificação e limpeza, como sub bases de pavimentos, ou como material drenante.
    Uso de casetones recuperáveis de polipropileno reciclado, telhas, etc.
    Reutilização de material reciclado dentro da própria obra sempre que seja possível.
  • Utilização de materiais naturais procedentes de explorações controladas, como de pedras naturais ou materiais de origem vegetal o mineral.
  • Seleção de materiais evitando a aplicação de tratamentos de preservação, para garantir sua reciclabilidade, ou utilizar tratamentos naturais. Usar pinturas e vernizes naturais ou de base aquosa, que apresentam um menor impacto ambiental que os sintéticos.
  • Utilização de materiais com certificado de qualidade ambiental.
    Na seleção do mobiliário urbano ou pavimentos, que contenham madeira é importante que tenham um certificado que garanta a sustentabilidade da sua exploração e gestão florestal. Atualmente os dois selos de maior garantia são o Forest Stewardship Council (FSC) e o PanEuropean Forest Certification (PEFC).
  • Minimização do uso de materiais nocivos:
    Evitar o uso de chumbo
    em coberturas, instalações elétricas, pinturas, etc.
    O PVC (policloruro de vinilo) é un material com múltiplas utilidades mas que representa numerosos impactos ambientais associados a sua fabricação e aos resíduos que produz, já que não é biodegradável e é um plástico difícil de reciclar no seu lugar podem ser usados plásticos não clorados como o polietileno ou o polipropileno, que tem a mesma funcionalidade do PVC, e um impacto menor.
    Minimizar o uso de Poliuretano, usando impermeabilizantes, isolamentos e pinturas de origem natural, e sendo possível, que disponham de eco etiqueta.
    Minimização do uso de produtos derivados da madeira como os contrachapados e aglomerados devido ao alto impacto ambiental das colas e adesivos que se utilizam na sua fabricação.. Usar elementos com baixo conteúdo em formaldeído.
  • Seleção de materiais pensando no seu ciclo de vida. A reciclabilidade ou a reutilização dos materiais são muito importantes, particularmente no caso da futura desmontagem do edifício e devolução de seus materiais para a natureza.
  • Potencializar o uso de materiais locais, considerando que o transporte constitui um fator importante na redução do consumo energético associado aos materiais.